Caminhos do Peabiru

Peabiru - PR - Brasil

Informações do Evento:

  • De: 15-12-2019
  • 08:00 - 12:00
  • Peabiru - PR - Brasil
  • Distância: 10 Kms (exatos 10.000 mts)
  • Saída : PRAÇA CENTRAL - EM FRENTE A IGREJA MATRIZ
  • 0 inscritos, de 9999 vagas.
  • Num. Carimbo : 2035
  • Idade Mínima: Não Tem
  • Não Possuímos a Avaliação Anterior
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CUIDADOS IMPORTANTES
Alonga-se ! O alongamento é necessário antes da caminhada e também depois da caminhada, tanto os membros inferiores quanto os superiores. Isso pode evitar lesões.
Hidrate seu corpo !Beba bastante água para hidratar. pode beber antes, durante e depois da caminhada.
Não coma muito ! Não coma muito antes de caminhar por que pode dar uma sensação de mal-estar e, até mesmo, prejudicar o exercício físico, trazendo outras complicações.
Mantenha a postura adequada ! E importante permanecer ereto, olhando para frente e com o abdome contraído.
Use tênis e roupas adequadas.

  • Responsável :ARLÉTO ROCHA
  • 44 3531 8100
  • arleto.historia@gmail.com
  • http://www.peabiru.pr.gov.br/

 O Município de Peabiru situa-se no coração do estado do Paraná, na Mesorregião Centro-Ocidental do Estado do Paraná, 12 km ao norte de Campo Mourão, 80 km ao sul de Maringá.  Tem uma população de 13.324 habitantes. Destes, 80,81% estão na área urbana e 19,19% na área rural.   Geograficamente o município é coberto por derrames basáltico de Trapp da Era Mesozoica (300 milhões de anos) o que confere a zona rural relevo acidentado, propício a prática de diversos esportes.

O nome Peabiru é um nome indígena cuja terminologia aportuguesada é oriunda do falar dos índios Guarani do termo Peabeyú, que na língua Guarani tem o significado de “Caminho Antigo de ida e volta” ou “Caminho Gramado Amassado”. Por estes Caminhos passarem pela cidade, esta foi batizada com o nome PEABIRU.

De acordo o Historiador Arléto Rocha os Caminhos de Peabiru configuravam-se como uma trilha transcontinental que ligavam o Oceano Pacífico ao Oceano Atlântico em uma rota principal entremeados por inúmeros ramais caracterizados por certa profundidade e seu revestimento superficial por gramíneas.

O ramal principal cortava a América do Sul Brasil perfazendo cerca de 3.000 quilômetros de trilha. Compunha-se provavelmente este ramal pela recepção de ramificações secundárias que conduziam até o caminho principal entrecortado por picadas e caminhos os quais conduziam ao ramal principal e aos caminhos secundários ligando diversos povoamentos indígenas.  Segundo Barros e Colavite:

Algumas características o diferenciavam de outros caminhos, ao longo de seu percurso apresentava aproximadamente 08 (oito) palmos de largura, o equivalente a 1,40 metros (um metro e quarenta centímetros) e 0,40 metros (quarenta centímetros) de profundidade, sendo todo o percurso coberto por uma espécie de gramínea que não permitia que arbustos, ervas daninhas e árvores crescessem em seu curso evitando também a erosão, já que era intensamente utilizado. (BARROS E COLAVITE, 2009, p. 87).

Como assinalam Barros e Colavite (2008, p. 88) este ramal principal tinham duas ramificações na qual “uma qu vinha do litoral de Santa Catarina e outra do litoral de São Paulo, encontrando se no primeiro planalto Paranaense por onde seguiam, em sentido oeste, passando pelo Mato Grosso do Sul, Paraguai, Bolívia e Peru.”

Para se locomoverem, os indígenas percorriam estas terras por caminhos, os quais seriam a “via de acesso ao interior do continente [...], rota pré-colombiana, que cortava o território paranaense [...] estendendo ao rio Paraná, atravessando os rios Tibagi, Ivaí e Piquiri, prosseguindo até o Peru e a costa do pacífico” (AGUILAR, 2002, p. 87). De acordo com Sinclair Pozza Casemiro, da memória de moradores antigos da região de Campo Mourão sobre os caminhos de Peabiru, emerge a lembrança de que

[...] ali era um trio estreito, de uns oito a dez palmos de largura, fundo, por onde os índios e jesuítas passavam, a caminho para Fênix, Pitanga e arredores. Era um trio pelo qual se penetrava na densa floresta, habitada por toda espécie de animais e por onde os indígenas transitavam, entrecortando as árvores, os morros. Muita cerâmica e objetos líticos foram e ainda são encontrados, porém agora é que se vem despertando consciência da população quanto a sua preservação e documentação.(CASEMIRO, 2006, p. 59).

Segundo Bond (2004) este provável caminho levava-os indígenas Guarani a “Terra Sem Mal” ou ao “Yvy Marã e’y”, permeando toda a sua vida material e espiritual. No Paraguai o caminho aparece com outros nomes, como: Peavijú, Peavirú e Tape Avirú, significando, “Caminho Batido”, “Caminho Pisado” e “Caminho Amassado”.  Esta rede de diversos caminhos, serviram de meio de inserção de colonizadores europeus, jesuítas e bandeirantes pelas terras do Paraná. Dentre estes está a passagem do espanhol Alvar Nuñez Cabeza de Vaca.

               Em Peabiru-PR, por onde passavam estes caminhos ao todo estão cadastrados 15 cachoeiras no município, sendo que 6 delas estão agrupados no Ribeirão da Lagoa em um percurso de 3 Km distante da zona urbana também a  3 km, com mais o percurso de chegada ao rio de 3Km, perfaz-se uma trilha de 9km.  Há indícios arqueológicos da passagem indígena, bem como resquícios da colonização de outrora no percurso, o que torna a trilha mais atraente ainda. O Museu Caminhos de Peabiru, no centro da ciade, guarda os vestígios desta Historia.

                Neste contexto, a TRILHA DOS CAMINHOS DE PEABIRU no percurso do Ribeirão da Lagoa apresenta-se como alternativa de lazer, cultura, turismo e entretenimento atrelado a ecologia, a educação ambiental a história disponível GRATUITAMENTE  a toda população e visitantes.

As informações citadas aqui foram obitidas no .



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